Novas Fronteiras Para o Futuro do Envelhecimento
Por Paul B. Baltes (Autor), Jacqui Smith (Autor).
Resumo
Os dados de pesquisa sobre pessoas em idade avançada (velhos-velhos) que revisamos, demonstram que a Quarta Idade acarreta um nível de incompletude biocultural, vulnerabilidade e imprevisibilidade que a diferencia da Terceira Idade (velhice inicial), que é marcada por aspectos mais positivos. Os velhos-velhos estão no limite de sua capacidade funcional, o que acarreta restrições às intervenções da pesquisa e da política social. São necessários novos esforços para lidar com os desafios representados pelo crescente número de velhos-velhos nas populações e pela crescente prevalência de fragilidade e de mortalidade psicológica (representada por perda de identidade, de autonomia psicológica e de senso de controle). A investigação sobre a Quarta Idade é um território novo e desafiador na pesquisa interdisciplinar. Futuros estudos e discussões deverão focalizar uma questão crítica: será que continuar investindo na extensão do ciclo de vida até a Quarta Idade na verdade não reduzirá a chance de viver e morrer com dignidade para um número cada vez maior de idosos?