Novos Rumos Para as Mulheres no Futebol Brasileiro

Parte de Futebol das Mulheres no Brasil: Emancipação, Resistências e Equidade . páginas 434

Resumo

Introdução

A história oficial do futebol de mulheres no Brasil é recente, o histórico de proibições3 e afastamentos associados às premissas biologizantes, pautadas pela “condição de mulher” e da dita “natureza feminina”, tem grande influência nas dificuldades enfrentadas pela modalidade até a atualidade (KNIJNIK; SOUZA, 2004). Knijnik (2014) argumenta que o “legado de gênero do século 20” do futebol influencia até hoje a forma como as mulheres brasileiras desfrutam do esporte, com liberdades ainda tolhidas. O processo de estruturação, mercantilização e profissionalização do futebol praticado por mulheres é marcado pela luta pela equidade, buscando mover estruturas e romper com os paradigmas socialmente estabelecidos. É inegável que a Copa do Mundo de Futebol Feminino organizada pela Federação Internacional de Futebol (FIFA), realizada em 2019, na França, foi a competição com a maior visibilidade da história da modalidade, o que permitiu o fortalecimento do debate em torno do futebol de mulheres no Brasil. A ascensão e as conquistas dos movimentos feministas, abraçadas nos últimos anos pelos meios de comunicação de massa, fenômeno conhecido como “primavera feminista” (BARRETO JANUÁRIO, 2019) e o mal desempenho da seleção brasileira masculina acenderam o debate e geraram interesse sobre o time feminino 

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