Resumo

A proposta deste artigo é investigar as trajetórias de movimentos de torcedorxs contemporâneos que se posicionam politicamente contrários à homofobia e à misoginia no futebol brasileiro e que construíram a sua visibilidade fundamentalmente por meio do site de rede social Facebook. Por meio do acompanhamento de suas interações na rede social e também a partir de relatos obtidos em entrevistas de história oral com seus integrantes, são reconstituídas as trajetórias da Galo Queer (formada por torcedorxs do Clube Atlético Mineiro), Bambi Tricolor (que reúne torcedorxs do São Paulo Futebol Clube) e Palmeiras Livre (coletivo de torcedorxs da Sociedade Esportiva Palmeiras).

Referências

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