Integra

Nos apegamos por convívio, por cuidados. Filhos não precisam ter os genes dos pais
para serem amados tanto quanto os filhos biológicos. E os animais que criamos, se não são amados como filhos (e, em alguns casos, sim), são muito amados de um outro modo. Com o Igor foi assim. O nome nasceu quando escolhemos o cãozinho na ninhada. Era o mais devagar, mais gordo, dócil. E dizíamos, Ih, que gordão!, Igordão, Igor, e o adotamos. Viveu doze anos conosco, sempre grandão, sempre dócil, o mais fiel dos amigos. Nunca ficou bravo com ninguém, nem com outros bichos. Fazia as honras da casa para quem chegasse. Hoje, dia 15 de agosto de 2024, ele se foi. Fazia parte da família e deixa um vazio, um espaço que será preenchido pela lembrança e pela herança do que pode haver de melhor nas criaturas vivas.