Resumo

O tema do agendamento ou o da preocupação com a agenda está na ordem do dia, ou de nossas vidas. A rigor ele sempre esteve, se considerarmos que nossa experiência sempre esteve guiada por um determinado conjunto de obrigações que nos impomos, de uma forma ou de outra, segundo as nossas exigências face ás interações que estabelecemos junto aos diferentes círculos profissionais, afetivos, familiares, etc. De modo particular, em nossos dias, o tema da agenda irrompe significativamente pela institucionalização de um “calendário próprio que” é concebido e formulado a partir da forte injunção sobre nossas vidas e das instituições. É a partir do redesenho das modalidades de interação e, particularmente, de papéis do nosso cotidiano, cada vez mais ditados e/ou confiados ás diferentes instituições, que nossas vidas se organizam de “fora para dentro”, isto é, pelas rotinas, expectativas e prazos concebidos pelas instituições. Se nos dermos à curiosidade de avaliarmos o conjunto de obrigações em nosso dia- a- dia, constataremos que a maioria delas emana, certamente destes “lembretes peculiares” que nos são feito de diferentes lugares, hoje. Saindo, um pouco, desta esfera- embora o que vamos abordar tenha a ver com uma das dimensões de nossas agendas- em nosso cotidiano, vamos refletir sobre o papel das agendas dos meios de comunicação sobre a realidade de cada um. Ou por outras palavras, o que a esfera das mídias tem a ver com a organização e/ou os interesses que constituem a nossa vida.