Resumo
Ahistória do time de basquete feminino que São Caetano do Sul montou no fim dos anos 60 – que deu início a uma escola tradicional na cidade – confunde-se com uma época de glória da seleção brasileira. Elza Arnelas Pacheco, a armadora Elzinha, é parte dessa história e confirma: “As pessoas chamavam o time de São Caetano de seleção”. A equipe tinha como base jogadoras do Brasil, medalha de bronze no Mundial de São Paulo, em 1971, e medalha de ouro nos Jogos PanAmericanos de Winnipeg, em 1967, e Cali, em 1971. Elzinha veio para a cidade aos 18 anos e só deixou o basquete de São Caetano em 1985, quando se aposentou das quadras, formada e pronta para a carreira de educadora, que durou 28 anos. Elzinha nasceu em Paraguaçu Paulista, na Alta Sorocabana, em 11 de abril de 1949. Lá o forte era o tênis de campo. “Eu estudava no colégio Paraguaçu e, aos 10 anos, jogava tênis. Um dia ouvimos, eu e minhas irmãs, naqueles carros de som que anunciavam os acontecimentos da cidade, que haveria uma peneira para meninas, a partir dos 12 anos, para formar uma equipe de basquete feminino. Minhas irmãs mais velhas, uma tinha 14 e a outra 13, foram. E eu também. Mas como não tinha idade, sentei na arquibancada e fiquei chorando. Tinha 10 para 11 anos e não me deixavam entrar. Minha irmã mais velha, que não entendia nada de bola, insistiu para eu entrar um pouquinho e, no finalzinho, ele me deu uma bola e me deixou entrar. Achou que eu tinha jeito. Eu e minha irmã Elcy começamos a jogar”, conta.