Resumo

Fundamentando-se na história da Educação Física este estudo traz uma abordagem dos conhecimentos biológicos que promoveram, e ainda promovem, o saber-fazer pedagógico no âmbito escolar. Partindo da análise, de cunho crítico e estilo antropológico, das proposições dos sujeitos da pesquisa, professores Mauro Betti e Valter Bracht, em torno da questão norteadora do estudo "Atualmente, qual o lugar dos conhecimentos biológicos no saber e no fazer pedagógicos em Educação Física Escolar". Aborda-se, portanto, uma crítica da crítica. A partir de entrevista semi-estruturada e de coletas pontuais do biológico na Educação Física nas obras dos respectivos sujeitos do estudo, objetivou-se uma melhor compreensão do que está sendo feito com os atravessamentos da biologia na Educação Física brasileira. Partindo de um certo pressuposto que haveria um silenciamento ou marginalização do biológico, toma-se as considerações de Bracht e Betti como uma explanação da Educação Física crítica, na qual propõem uma ressignificação de conceitos e concepções destes atravessamentos e deslocamentos de fatores advindos da biologia. Um abandono aos determinismos, neste caso o biológico, e um resgate por ressignificações é o que está sendo proposto pelos sujeitos do estudo, ou seja, se propõe uma inclusão dos conhecimentos biológicos e seus atravessamentos no saber e no fazer pedagógico do professor de Educação Física e um abandono aos determinismos/fetichismos que norteiam a constituição do campo e da identidade profissional, o tecnicismo, o esportivismo e neste caso o biologicismo.

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