Resumo

Apresentamos neste artigo um olhar sobre a centralidade das crianças na festa e na brincadeira do boi de Garrote na cidade de Manaus. Atentos a possibilidade de relacionamos sentidos do lazer às ricas relações da experiência cultural, propomos uma aproximação de uma das manifestações do boi-bumbá, que guarda vários universos de práticas de acordo com sua região. Em um universo em que, para muitos moradores da cidade, era visto como algo que não mais existia, buscamos revelar como este folguedo é uma prática viva e atuante, que revela modos de interação social entre crianças e suas vizinhanças. Ao problematizarmos sua manifestação como tempo-espaço observamos diversos modos de organização que escapam aos sentidos modernos do espetáculo e da vida fragmentada e individualizada. Ao estabelecer relações entre a dança, a criança, a educação e a cultura, buscamos caminhos de aproximação do lazer com o campo antropológico, enfatizando na cultura popular uma maneira singular de brincar o boi e uma prática criada para e pelas crianças.

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