Resumo

Este trabalho propõe uma reflexão sobre o brincar na vida da criança que apresenta uma problemática intelectual, emocional e social. Destaca a Terapia Ocupacional e a contextualiza em relação aos temas presentes nas pesquisas que envolvem criança e deficiência: reabilitação e inclusão social. Apresenta a revisão da literatura sobre a infância e o brincar e delimita o recorte da Terapia Ocupacional: o brincar no cotidiano. Utilizando os fundamentos teóricos de Donald D. Winnicott, parte-se do pressuposto que o brincar é universal e próprio da infância saudável. A deficiência é entendida como uma problemática apresentada pela criança, seja física, intelectual, emocional e/ou social; ou seja, como mais uma das condições que a levará a estabelecer o seu jeito singular de brincar e estar no mundo. O trabalho caracterizase como uma pesquisa empírica, qualitativa, desenvolvida por meio de estudo de caso. A coleta de dados foi realizada na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de São Paulo (APAE de São Paulo) através de análise dos prontuários e de entrevistas com as mães. O tratamento dos dados foi realizado a partir da técnica de análise de conteúdo, segundo as proposições de Turato (2003). Foram entrevistadas três mães de três crianças que participaram do Programa Arte, Cultura e Esporte da APAE de São Paulo, mais conhecido como projeto PIPA. As falas das mães retrataram a vivência da infância das crianças: brincar, ter amigos, ir à escola, participar de festas e passeios. Observou-se que, das três crianças estudadas, duas encontraram espaços em que brincar e conviver com os pares foi possível, participando da escola, festas e passeios; entretanto, a outra criança ainda tinha apenas o PIPA como lugar possível para brincar, fazendo com que sua mãe continue em busca de um espaço

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