Resumo
Este estudo discutiu o Campo Atrativo Perceptual (CAP) e a sincronização na natação tendo como ponto fundamental à intencionalidade do nadar. Será compreendida pelo fenômeno da percepção e explicada pelos princípios da teoria de campo. Como objetivo verificou se o CAP influencia a propulsão dos nadadores de alta habilidade quando comparado com os de baixa habilidade. Os procedimentos metodológicos foram aplicados em nadadores de alta e de baixa habilidade, sendo divididos pelo índice de performance (FAP e CBDA, 2002). Foi criado um instrumento qualitativo e quantitativo para verificação do comportamento fenomenal, no ?campo visual?, segundo os pressuposto da teoria de campo. Para análise dos resultados foram utilizados testes não-paramétricos levando-se em consideração a natureza das variáveis estudadas. Foi fixado em 0,05 ou 5% para o nível de rejeição da hipótese de nulidade. Ao realizarmos as divisões dos grupos pelo seu ?campo visual? encontramos, na descrição do comportamento, entre nadadores de alta habilidade comparada com os de baixa habilidade maior força tensional dinâmica no CAP no momento dos 50 m e 75 metros (p<0,001). Em seguida observamos o momento da saída no bloco de partida (p<0,02) e no final dos 100 metros nado crawl (p<0,05). Os resultados deste estudo nos remetem a repensar a prática pedagógica e, portanto, a forma como poderemos resolver o problema da sincronização no nadar. Portanto, a força tensional do CAP estabelece uma configuração na técnica de nado para ambos os grupos num nível de complexidade de atração diferente ? poderemos pensar na sobrevalorização do campo e de sua relação com a experiência de nado. Notamos que há uma auto-organização dos nadadores de ambos os grupos com a técnica de nado e podemos inferir que os fatos observados na estrutura do CAP poderiam ser explicados pelas leis organizacionais apresentadas na teoria de campo.