Resumo

O artigo tem por objetivo abordar a questão do racismo ao longo das Copas do Mundo, enfocando, em especial, o contraponto estabelecido pela literatura acadêmica entre os eventos de 1950 e os de 1958. O recorte analítico aqui proposto toma a esfera do futebol como espaço de emergência tanto da afirmação das identidades quanto da sedimentação dos estereótipos envolvendo os jogadores negros. O texto pretende explicitar a lógica racial responsável pela existência das personagens que servem de suporte as representações dominantes acerca dos atletas afro-brasileiros, notadamente a do “malabarista” e a do “pipoqueiro”, consideradas no texto como verso e reverso de uma identidade enredada nas malhas do preconceito e da discriminação

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