Integra

Quem acredita que os recordes olímpicos chegaram a um limite intransponível provavelmente está enganado: o empirismo dos treinadores está cada vez mais sendo substituído por métodos científicos, nos quais o computador está se tornando uma ferramenta indispensável.

Computadores têm sido usados com uma intensidade crescente nos esportes, para ajudar a descobrir quais os pontos que um atleta pode aperfeiçoar. O médico Renato Sabbatini, diretor do Núcleo de Informática Biomédica (NIB) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), acha que praticamente todos os limites físicos das principais modalidades esportivas já foram atingidos. para ele, a partir de agora só a tecnologia poderá auxiliar a conquista de novos limites

Em novembro, esse assunto foi amplamente discutido no 1° Simpósio Brasileiro Brasileiro de Informática em Educação Física da Unicamp.. Para um dos participantes, Laércio Pereira, 39, professor da Faculdade de Educação Física da Unicamp e coordenador do Simpósio, a informática pode, entre outras coisas, tornar a atividade esportiva mais científica.

Isso pode ser feito, segundo ele, através da aplicação da informática à biomecânica, a ciência que estuda os movimentos do corpo humano. Essa é, alias, a área onde o computador tem sido mais intensamente aplicado, para a simulação de movimentos, explica Sabbatini. O computador indica qual a trajetória e postura ideais para se chegar ao melhor resultado e aponta o que deve ser corrigido no trabalho do atleta.

Para Pereira, o computador pode desempenhar um papel importante não só como auxiliar do ensino como no aprimoramento da atividade de treinamento."O treinamento no Brasil é muito empírico. O treinador precisa de uma grande massa de informação e hoje, sem computador, ele não pode manipular tudo isso".

Acessar