Resumo
O presente estudo investigou o conhecimento teórico dos fisioterapeutas referente ao exame de pessoas portadoras de paralisia facial periférica. Os dados básicos desta investigação foram obtidos através de questionários dirigidos a fisioterapeutas que lecionam nas universidades do Município do Rio de Janeiro, as quais possuíam o Curso de Fisioterapia reconhecido pelo Ministério da Educação e do Desporto. Destes, 14 foram selecionados para compor uma amostra representativa dos profissionais sob estudo. Amostra esta composta apenas por fisioterapeutas que lecionavam as disciplinas de Avaliação Fisioterápica e/ou Fisioterapia Aplicada à Neurologia e que possuíam experiência em exame fisioterápico de paralisados faciais periféricos. A amostra possibilitou a obtenção de informações sobre a natureza do exame comumente adotado para avaliar os paralisados faciais periféricos. Os quesitos coletados foram analisados quanto aos pontos de convergência e divergências daqueles referenciados pela literatura. Posteriormente, a mesma amostra julgou os itens da ficha modelo oriunda da literatura pertinente quanto ao grau de sua importância e aplicabilidade. As análises das informações e dados obtidos dos referidos julgamentos, associativamente às informações rígidas da literatura, justificaram a elaboração final da ficha de exame proposta. Já a análise através do método Qui-quadrado em comparação de duas classes confirmou ser significativo o agrupamento de 51 dos 58 itens definidos na ficha em questão. Os sete itens não considerados importantes no julgamento dos profissionais e rejeitados na análise Qui-quadrada eram referentes apenas a fatores de identificação do paciente.