O Consumo de Proteinas Está Assoaciado a Menor Gordura Corporal e Maior Capacidade Funcional em Pacientes de Hemodiálise
Por Lorena Cristina Curado Lopes (Autor), Ronyson Camilo Soares (Autor), Maria do Rosário Gondim Peixoto (Autor), Joao Felipe Mota (Autor).
Em 40º Simpósio Internacional de Ciências do Esporte SIMPOCE
Resumo
INTRODUÇÃO: A avaliação do consumo alimentar, particularmente da ingestão de proteínas, constitui uma ferramenta importante na prevenção, tratamento e monitoramento dos pacientes em hemodiálise. MATERIAIS E MÉTODOS: Participaram do estudo 50 pacientes (62% sexo masculino) com média de idade de 54,2±12,4 anos e em tratamento hemodialítico por no mínimo três meses. A avaliação da composição corporal foi feita por meio de absormetria por dupla emissão de raios-X, o consumo alimentar pelo registro alimentar de três dias, a capacidade funcional pelo teste Time up and Go (TUG) e a força de preensão manual por dinamometria. A versão curta do questionário internacional de atividade física (IPAQ, 2005) foi aplicada para avaliar o nível de atividade física dos participantes. Para identificar as diferenças entre capacidade funcional e composição corporal nos grupos de baixo consumo de proteína (<1,0g/ kg, n=33) e consumo adequado (≥1,0g/ kg, n=17) foi realizado o teste T de student, enquanto que para identificar associações entre o consumo de proteína e a composição corporal foi realizada a correlação de Pearson, sendo adotado o nível de significância de 5%. RESULTADOS: O consumo de proteína/kg apresentou associação inversa com a gordura corporal (r= -0,42 p= 0,004); gordura ginóide (r= -0,40; p= 0,006) e gordura androide (r= -0,34; p= 0,020). O grupo com consumo adequado de proteínas apresentou menor tempo no teste TUG (8,6 ± 2,4 vs. 10,8 ± 6,2; p = 0,041) e maior nível de atividade física semanal (caminhada) (47,6 ± 53,7 vs. 28,3 ± 26,6 minutos; p= 0,005), quando comparado ao grupo com baixo consumo de proteínas. Não foram encontradas diferenças na força de preensão manual e na massa livre de gordura. CONCLUSÃO: O consumo de proteínas tem impacto positivo na composição corporal, bem como está relacionado a melhor capacidade funcional em pacientes com doença renal crônica em tratamento hemodialítico.