Resumo

Este estudo tem por objetivo, analisar a prática do Wushu, ocidentalmente conhecido por Kung-Fu, situando-o como arte marcial componente da cultura chinesa imperial tardia e moderna. Pré e pós a emergência do Comunismo em 1949; circunscrevendo o surgimento do “Wushu moderno” e suas implicações. Atentando para as transformações na civilização chinesa pós-revolução Maoísta, as rupturas entre tradicional e moderno, contexto no qual a prática do Wushu foi reconfigurado na condição de esporte, não mais restrito aos templos ou ao exército, mas estendido às escolas chinesas em um formato laico e pedagógico. Fato que associou outros sentidos à palavra “arte”, dentro da expressão “arte marcial” e à prática, antes próxima da ascese (do termo Grego: “askésis”, que quer dizer “exercício”) corporal e espiritual. Relação que não se consuma na sociedade contemporânea, uma vez que as técnicas corporais, em tempos modernos e no contexto das artes marciais, distanciaram-se das “artes” e se aproximaram do ambiente esportivo; do esporte, propriamente dito

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