Resumo

Os corpos com deficiência ocupam uma posição central na discussão ocidental do que se constitui como humano. Se por um lado, as pessoas com deficiência são vítimas de um discurso dominante capacitista, principalmente pela mídia tradicional que reforça ideologias, enquadra determinados aspectos e leva sua audiência a uma rede simbólica de significações que organiza o mundo social. Por outro, as mídias sociais permitem que essas pessoas lidem diretamente com a sociedade, com possibilidades de concordar, contrapor ou complementar o que é divulgado pelos meios tradicionais. Nesse artigo temos como objetivo analisar algumas fotografias publicadas pela paratleta Camille Rodrigues em 2016, em seu perfil no Instagram. Empregando a perspectiva do feminismo pós-estruturalista, iremos explorar criticamente as relações do corpo da atleta com deficiência e a sua autorrepresentação nas mídias sociais, como uma forma de pensar uma teoria feminista da deficiência.

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