Resumo

O objetivo deste estudo é discutir o estatuto do corpo enquanto signo nas práticas sociais, considerando as condições histórico-culturais de produção de significados sobre o corpo afásico e/ou hemiplégico. Com base nos pressupostos da perspectiva histórico-cultural, assumimos que o corpo e a deficiência são significados nas relações com o outro, nas quais vão sendo estabelecidos os limites e as possibilidades do corpo deficiente; que as práticas sociais que vêm calando e aleijando o corpo deficiente são as mesmas que (re)conhecem o corpo ágil e expressivo, e os valores que permeiam essas práticas são os que ecoam na consciência do sujeito deficiente. Pretendemos dar visibilidade analítica aos modos de agir, aos movimentos e às expressões produzidas pelos participantes das atividades de Educação Física do Centro de Convivência de Afásicos (Instituto de Estudos da Linguagem/Faculdade de Ciências Médicas- Universidade Estadual de Campinas), colocando em destaque as questões que versam sobre as ações humanas significativas. O material empírico tem como foco o corpo que dança, sendo a dança entendida aqui como uma prática culturalmente apropriada. 

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