O corpo feminino e a alfaiataria: protagonismo na esfera pública social

Por Dayane Ramos Dórea (Autor).

Parte de Práticas Corporais e Educação Física: os debates nos artigos do Grupo Corpo (FACED/UFBA) - 6 . páginas 54 - 57

Resumo

A sociedade, repleta de códigos e condutas que se consolidam histórica e culturalmente, faz do ato de cobrir o corpo um símbolo de status social, percorrendo diferentes transformações desde o século XIX. Laços, babados, saltos, meias de seda e perucas que faziam parte do estilo da nobreza deram lugar a uma nova maneira de se vestir, com peças mais discretas e elegantes, acompanhando a inclusão de intelectuais e da burguesia industrial nesse seleto grupo dos protagonistas do poder, muito marcadamente figurado pelo corpo masculino. É no dealbar do século XX, a partir da participação feminina nas áreas executivas da sociedade, que a alfaiataria para este corpo começa a também sofrer modificações. O estilo luxuoso, envelopado e de pouca mobilidade corporal das roupas femininas dos séculos anteriores revelam também as limitações da participação da mulher na esfera pública da vida em sociedade, ou seja, estilo de roupas impraticável para fazer esportes, caçar, trabalhar e se divertir, uma vez que estes comportamentos eram muito restritos às mulheres (FEGHALI, SCHIMID, 2008).

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