Resumo

Este artigo objetiva refletir acerca do trabalho corporal que é realizado de forma fragmentado por agentes sociais masculinos em academias de musculação e aulas de natação. Para isso, utilizo dados de uma pesquisa etnográfica que empreendi de março de 2013 a dezembro de 2014 em três espaços de transmudação corpórea de Belém do Pará, Brasil, e de setembro de 2015 a fevereiro de 2016 em um ginásio da cidade Lisboa, Portugal. A etnografia pautou-se na observação participante, conversas informais e formais, sendo estas realizadas com um total de treze alunos e nove professores/as de ambos os lugares. Assim, procuro apresentar as aproximações e os distanciamentos entre a percepção dos/as professores/as e dos alunos a respeito das partes do corpo que os homens mais procuram exercitar. Demonstro, ainda, que a preferência de se treinar determinadas áreas da compleição física não difere quando ponderamos os ambientes da musculação e da natação; também, negociações e reelaborações são feitas entre os alunos e os/as professores/as, considerando os grupos musculares que aqueles preferencialmente buscam desenvolver e que questões de gênero, sexualidade e geração, igualmente, transversalizam a temática foco desta reflexão.
 

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