Resumo

APRESENTAÇÃO

Sentir-se parte da natureza, perceber-se em um ecossistema, essas são sensações possíveis de serem vivenciadas nas práticas corporais de aventura na natureza. Os corpos na natureza são levados a fazer coisas incomuns, tais como passar por situações inimagináveis, esforçando-se em caminhos excepcionais, submetendo-se a experiências extremas, trabalhando com sensações e sentidos pouco utilizados normalmente. A influência sobre os sentidos humanos, proporcionada pelas Atividades Físicas e Esportivas de aventura na natureza, pode permitir a efetivação de mudanças de ordem social e pessoal, uma vez que tais mudanças só acontecem quando experiências significativas estimulam as sensações e as percepções dos participantes (MARINHO, 2017, p.17) Se, por um lado, tais atividades se proliferam e ganham cada dia mais adeptos na sociedade contemporânea, seu lugar na escola ainda não está consolidado. Com esta intenção, diversos pesquisadores vêm investigando as possibilidades do trato pedagógico dos esportes de aventura em contextos escolares. Não é a toa que na nova Base Nacional Curricular Comum (BNCC) ela aparece como conteúdo a ser trabalhado pela Educação Física. Esta inclusão no currículo não garante a sua efetivação prática, já que os professores, em geral, não se sentem seguros para trabalhar com o conteúdo. Muitos deles têm buscado meios para assegurar o contato e o conhecimento destas atividades pelos alunos da escola pública. É o caso do grupo de alunos do Mestrado Profissional em Rede em Educação Física promovido pelo Polo do Centro de Educação Física e Desportos da Universidade Federal do Espírito Santo (CEFD/UFES), em Vitória/ES. 

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