O Corpo Negro em Fronteiras Porosas: Entre os Saberes das Danças e dos Cuidados Que Emergem no Caos
Por Liana da Silva Cunha (Autor).
Resumo
Este artigo emerge da pesquisa autobiográfica em andamento no mestrado, em que procuro relacionar as experiências acerca do que é ser uma mulher negra no Brasil, com os processos criativos em dança. O cuidado surge nas práticas, visto que lidar com o racismo traumático e violento, requer abordagens sensíveis, de atenção e percepção do próprio artista, como do diretor, ensaiador ou coreógrafo. A hipótese central vai ao encontro da compreensão da dança e do cuidado como possíveis estratégias de sobrevivência que emergem ao criar poesia e dança, da dor. Desta maneira, torna-se possível vislumbrar inúmeros caminhos que tentem dar conta desta suposição, individualmente e coletivamente. Assim, mostrando que vivências são potentes e podem tornar-se alimento para saberes fazeres, propondo perspectivas antirracistas e tentativas epistemológicas contra hegemônicas dentro das Universidades.