Resumo

Este texto se propõe a discutir os principais eventos, bem como o papel dos agentes e das instituições, que tornaram o Brasil sede da Copa de 2014. O objetivo é desnaturalizar esta escolha mostrando que o país não é sede apenas porque a Federação Internacional de Futebol Associado (FIFA) tem um sistema de rodízio, nem porque existiu um conchavo entre Blatter e Lula. Destaco o protagonismo da FIFA nesse processo, tratando-a como uma agência privada, o que implica em considerar legítimas as suas pretensões de lucrar com a Copa. Procuro mostrar como o governo brasileiro foi sendo seduzido, pelos dirigentes esportivos e pela opinião pública a avalizar a candidatura, pagando por ela um valor econômico altíssimo e contestado, além de correr riscos de sair com seu status arranhado a Copa não seja um sucesso.
 

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