Resumo

O futebol é uma modalidade esportiva de característica intermitente, com constantes mudanças de intensidade e gestos motores. O acúmulo da fadiga ao longo da partida de futebol pode desencadear um decréscimo no desempenho motor dos atletas, como exemplo a precisão e qualidade nos chutes. Atletas amadores apresentam um menor nível de condicionamento físico quando comparados aos profissionais, com isso pode  apresentar quadros precoces de fadiga de acordo com a intensidade das atividades prévias. O objetivo do presente estudo é comparar se exercícios prévios com diferentes intensidades (moderada x alta) podem influenciar o desempenho do chute ao gol entre de jogadores recreacionais de futebol. Doze jogadores amadores de futebol de campo (23.3 ± 2.5 anos, 76.3 ± 14.0 kg, 175 ± 0.04 cm) realizaram um protocolo de chutes antecedido por duas intervenções prévias distintas e randomizadas: a) Corrida Moderada (CM) e, b) prints de 30 m (S30). Na condição CM, os voluntários realizaram o protocolo de chutes precedido por uma corrida moderada de 20 minutos, com intensidade compatível a 3-5 de percepção de esforço na escala de Borg (1-10). Enquanto na condição S30, realizaram o protocolo de chutes precedido por 10 sprints máximos de 30 metros, com intervalo de 30 segundos entre eles, e intensidade de esforço perceptivo entre 9 e 10 de Borg. O protocolo de chutes consistiu em três séries de 10 chutes com o membro dominante. Os chutes foram realizados com a bola parada a 11 m do gol. A instrução passada aos participantes foi que realizassem um chute tentando acertar determinadas regiões delimitadas e pré-definidas no gol, em um intervalo de 60 segundos com uma recuperação de 90 segundos entre cada série. O Test t de Student para amostras pareadas foi utilizado para comparar a acurácia do chute nas diferentes condições com nível de significância adotado de p < 0.05. Na condição CM a média de acertos foi de 16,2 ± 5,3, com 54,0% de aproveitamento. Enquanto na condição S30 o número médio de acertos foi de 13,3, com 44,3% de aproveitamento. Não houve diferença entre as médias dos acertos dos chutes aos alvos após diferentes tipos de atividade prévia (p=0,11). O desempenho do chute ao gol realizado por jogadores recreacionais de futebol não foi influenciado pelas ações precedentes ao gesto

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