Resumo
O presente trabalho objetiva analisar como as políticas públicas de saúde no que tange ao Programa de DST/Aids, em particular relativamente à temática das práticas corporais/atividade física para pessoas que vivem com HIV, no intuito de atender ao princípio da integralidade do SUS. Acompanhando a tendência de descentralização dos programas de oferta deste tipo de práticas corporais, para dar conta de observar as dinâmicas da implementação, selecionamos três casos que constituem três diferentes modelos: Vitória, São Paulo e Natal. Entende-se o presente trabalho como uma pesquisa de abordagem qualitativa. Sua realização aconteceu em etapas, sendo elas: levantamento bibliográfico, coleta de dados documentais e inserção em campo para entrevista com os gestores, e, por fim, análise dos dados coletados, pela técnica de análise de conteúdo (BARDIN, 2009). Como resultado da análise de dados referente às entrevistas semiestruturadas, fica evidenciado que os sujeitos participantes deste estudo reconhecem a importância das práticas corporais/AF para as pessoas acometidas pelo HIV/Aids (PVHA); nem todos, porém, caracterizam como essencial sua oferta dentro de um Serviço de Atendimento Especializado (SAE). Outros eixos que encontramos na fala dos sujeitos, e nortearam a análise, foram os temas descentralização, intersetorialidade e participação social.