Resumo

INTRODUÇÃO

O rugby se constitui num esporte de invasão territorial, com contato físico, que se apoia em características como força, agressividade, combatividade e velocidade. Nesta arena reverberam valores interpretados como masculinos (RIAL, 2011), que afastam esta modalidade de estereótipos historicamente associados à feminilidade hegemônica: beleza, graciosidade, fragilidade e maternidade (GOELLNER, 2003). Praticado em mais da metade dos Estados brasileiros, somente na década de 1980 foram criadas as primeiras equipes femininas de rugby (OLIVEIRA; OLIVEIRA, 2005), atestando a assimetria de gênero nesta modalidade. Apesar dos resultados da seleção feminina brasileira serem expressivos se comparados aos da masculina, a presença das mulheres no rugby ainda não o ressignificou como uma prática destinada a ambos os sexos, sendo representado como masculino e reprodutor de signos que reforçam a misoginia e a homofobia (DUNNING, 1992). Esta pesquisa focaliza os saberes de docentes de Educação Física Escolar (EFe) sobre o rugby enquanto ferramenta de empoderamento de meninas (BRAUNER, 2015). Para tal, visa responder ao problema: Como docentes de EFe interpretam o rugby enquanto uma prática corporal generificada, a ser utilizada no combate às desigualdades de gênero e na promoção do empoderamento feminino?

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