O Efeito de 12 Semanas de Interrupção de Um Programa de Exercício Físico em Mulheres Acima de 55 Anos
Por Flávia Leonel da Silva (Autor), Danieli de Oliveira (Autor), Alberto Saturno Madureira (Autor).
Em XI Congresso de Educação Física e Ciências do Desporto dos Países de Língua Portuguesa
Resumo
Introdução: A atividade física tem dentre suas finalidades melhorar a
condição física dos sujeitos. Entretanto, tem-se a curiosidade de saber o
que acontece com algumas variáveis antropométricas e fisiológicas após
um período de 12 semanas sem estímulos de exercício físico. Objetivo:
Teve-se por objetivo verificar os efeitos nas variáveis antropométricas e
fisiológicas, após doze semanas de interrupção de um programa de
exercícios físicos, que teve a duração de 16 semanas. Método: Foram
avaliadas 11 mulheres com idade entre 55 e 69 anos, ficando a média em
63,5 anos ± 4,3 anos. Foram realizadas medidas de massa corporal (MC),
estatura, índice de massa corporal (IMC), pressão arterial, consumo de
oxigênio através do teste de milha, e o teste de flexibilidade de sentar e
alcançar. Foram utilizadas a estatística descritiva e inferencial (teste t para
dados pareados) e o nível de significância estabelecido foi de p< 0,05.
Resultados: Os resultados apontam diferenças estatisticamente significativas
nas variáveis antropométricas da MC (pré 70,9 e pós 72,3 kg. com desvio
padrão de 13,3 e 13,5 kg, respectivamente) e no IMC (pré 28,3 e pós 28,9
kg/m2., com desvio padrão de 4,7 e 4,8 kg/m2, re spe c t ivamente).
Diferenças estatisticamente significativas também foram encontradas nas
variáveis fisiológicas de consumo máximo de oxigênio (pré 24,8 ± 7,5 e
pós 30,3 ± 4,2 ml.kg-1.min-1); e, no teste de flexibilidade, onde os valores
iniciais e finais foram: 30,0 ± 5,7 cm. e 27,1 ± 7,1 cm., respectivamente.
Nas demais variáveis as variações não foram significativas. Conclusão:
Infere-se que as atividades ministradas no programa de ginástica tenham
sido de baixo teor metabólico a ponto de não favorecer a uma melhora no
consumo máximo de oxigênio e que durante o período de férias os sujeitos
passaram a caminhar mais (em tempo e distância) o que pode ter melhorado
esta variável durante este período, conforme relato dos mesmos após serem
argüidos de suas atividades. Admite-se ainda, que a falta de alongamento
que era ministrado no programa de ginástica tenha levado a uma redução
nesta variável após 12 semanas, sem o mesmo estímulo. Desta forma sugerese uma reavaliação no programa afim de melhor sua eficiência e eficácia