Resumo

Objetivo: Avaliar os efeitos agudo da ingestão do Ibuprofeno na recuperação pós-treino resistido através da força isométrica máxima (FIM), taxa de desenvolvimento de força (TDF), índice de fadiga (IF), temperatura cutânea, Creatina Quinase (CK), Lactato Desidrogenase (LDH), Aspartato Aminotransferase (AST), Alamina Aminotransferase (ALT) e amônia em atletas do Powerlifting Paralímpico (PP). Metodologia: Participaram 10 atletas de nível nacional do PP, com 25,40±3,30 anos, 71,80±17,90 kg e com experiência de treino mínima de 12 meses. A avaliação perdurou três semanas, sendo que a primeira semana foi destinada à familiarização e ao teste de uma repetição máxima 1RM. As demais semanas foram destinadas às avaliações das duas formas de recuperação: uma com o uso do Ibuprofeno (IBU) (15 minutos antes do treino e 5h após o treino – dose de 400mg) e a outra com o uso do Placebo (PLA), usado da mesma forma do IBU, após intervenção de cinco séries de cinco repetições máximas (5X85% - 90%RM). Para avaliação da FIM, TDF e IF foram utilizados um Encoder linear, Sensor de força; a temperatura avaliada através do termógrafo e as análises bioquímicas CK, LDH, ALT e AST através do Kit LabTest® - Minas Gerais - Brasil e para amônia plasmática foi imediatamente medida pós-treino usando um ensaio espectrofotométrico (Randox®). Resultados: Foram encontradas diferenças significativas nos indicadores de força como a FIM em relação ao uso do IBU 48h depois do treino (1946,85±430,21 N) e o uso do PLA 24h depois (1316,45±287,95 N), e o uso do IBU 48h e o uso do PLA depois do treino (1295,50±301,59 N); a TDF em relação ao uso do PLA depois (1103,90±735,31 N.m.s⁻¹) e do PLA antes (3264,38±1088,40 N.m.s⁻¹); IF em relação ao uso do PLA antes do treino (26,18%) e do PLA depois (72,96%), ao IBU depois (66,40%) e ao PLA 24h (67,88%) e ao IBU 24h (52,99%), em relação ao IBU antes (21,15%) e do PLA depois, IBU depois, PLA 24h e IBU 24h (p<0,001), em relação ao PLA 48h (33,18%) e o IBU 48h (31,18%), houve diferença entre PLA depois e IBU 24h, em relação ao PLA e IBU 48 Horas (p<0,001), o mesmo aconteceu entre o IBU depois e IBU 24 Horas, PLA e IBU 48 Horas (p<0,001), ainda houve diferença entre PLA 24h e o IBU 24h (p<0,001), em relação ao PLA e IBU 48h (p<0,001) e entre IBU 24 Horas em relação ao PLA e IBU 48h (p<0,001). Em relação a temperatura corporal no músculo peitoral maior porção external as diferenças significativas encontradas foram nos momentos antes do treino com o uso do PLA (33,51C) em relação ao PLA 24h (33,26C) e ao PLA 48h (31,96C) e entre o PLA 24h (33,26C) com o uso do IBU 24h (32,38C); a temperatura observada no músculo deltóide porção anterior foi verificada diferença na recuperação com o uso do PLA com 48h (30,16C) em relação ao PLA antes (33,49C), ao PLA depois (32,96C) e ao PLA 24h (32,63C); já em relação do PLA 48h e o uso do IBU antes (33,00C), IBU depois (32,38C), IBU 24h (32,88C) e com o IBU 48h (33,38C). Em relação aos danos musculares os valores encontrados da CK constatou que houve diferença na recuperação com o uso do IBU depois do treino (161,91 U/L) ao ser comparado ao uso do PLA depois (195,82 U/L) e ao PLA 24h (278,80 U/L); o AST houve diferenças quanto ao uso do IBU 24h (28,00 U/L) em relação ao PLA 24h (23,89 U/L), ao IBU 48h (22,92 U/L); o LDH, ALT e a amônia não apresentaram diferenças significativas nos dois tipos de recuperação pós-treino. Conclusão: Foi verificado que a recuperação com o uso do IBU em relação ao uso do PLA apresentou melhores respostas em relação às medidas de função muscular, redução de danos muscular, porém apresentou uma tendência à lesão hepática.

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