O Efeito da Idade Relativa em Nadadores Brasileiros Considerando Categorias e Sexo
Por Fabiola Bertu Medeiros (Autor), Lucas Felipe Miyasato (Autor), Thiago dos Santos Palhares (Autor), Natália Scalabrini Taurinho (Autor), Silvia Ribeiro Santos Araújo (Autor).
Resumo
A separação dos atletas por categorias que levam em consideração a idade biológica é uma prática comum no ambiente esportivo. Essa separação gera uma consequente diferença entre a idade cronológica de indivíduos de uma mesma categoria, conhecida como idade relativa, e suas consequências são denominadas efeito da idade relativa (EIR). Essa divisão também está presente na natação. Assim, o objetivo do presente estudo foi analisar a existência de EIR na natação brasileira, considerando todas as onze categorias e ambos os sexos. A amostra do presente estudo foi constituída pela data de nascimento de 6784 atletas, sendo 2753 mulheres e 4031 homens. A coleta de dados em domínio público foi realizada diretamente do site oficial da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos. Após as coletas, os atletas foram classificados quanto ao quartil de nascimento, sexo (feminino e masculino) e categoria. Para comparar as proporções de atletas nascidos nos diferentes quartis, foi aplicado o teste não paramétrico qui-quadrado, com análise binomial com correção de Bonferroni (ajustado = 0,0083) em caso de significância. O nível de significância adotado foi de 5%. Desconsiderando o fator sexo, foram identificadas diferenças estatisticamente significativas apenas para as categorias iniciais (Mirim, Petiz e Infantil) na distribuição dos atletas nascidos no 1º quartil em relação ao 4º quartil. Quando considerado o sexo, masculino e feminino apresentaram IER diferentes. Conclui-se no presente estudo que o EIR está presente na natação brasileira, sendo esse efeito mais prevalente nas categorias iniciais e entre atletas do sexo masculino.