Resumo

Há pouca atenção da comunidade científica para estudos que avaliem o perfil e que relacionem o Efeito da Idade Relativa (EIR) ao desempenho coletivo das seleções brasileiras de futebol de base e profissional ao longo de toda a sua história. Objetivo: Avaliar o perfil do EIR nas seleções de base e profissional durante 103 anos de competições oficiais e observar a associação desse fenômeno com a classificação final das equipes. Metodologia: Para análise dos dados, os atletas foram divididos por quartis de nascimento e também por semestres. As informações dos atletas foram retiradas dos sites da FIFA, CBF e O GOL. Para investigar o EIR nas categorias avaliadas, utilizou-se o teste Qui-Quadrado (X²) para os quartis, sendo calculada a OddsRatio (OR) com intervalo de confiança (IC) a 95%. Resultados: Um total de 2.765 atletas que representaram as seleções brasileiras foi avaliado, e os que disputaram os mundiais (p=0,61) não apresentaram EIR. Já os que disputaram Copa das Confederações (p=0,02), Olimpíadas (p=0,02), Copa América (p=0,00), juntamente com os Mundiais e Sul-americanos Sub-20 e Sub-17 (p=0,00), apresentaram EIR.Verificou-se que apenas nos Jogos Olímpicos houve associação entre ser campeão e ter nascido no primeiro semestre. Conclusão: O EIR está presente ao longo do tempo nos atletas selecionados para representar as seleções brasileiras em diferentes competições e categorias, com exceção dos participantes das Copas do Mundo. Não há associação entre nascer nos primeiros meses do ano e ter sido campeão para os atletas que representaram as seleções brasileiras em diferentes competições e categorias ao longo do tempo.

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