Resumo

No basquetebol, o processo de identificação e desenvolvimento de potenciais esportivos é dotado de muita atenção. Um dos fatores a destacar é o Efeito da idade relativa (EIR) que está presente de diversas maneiras no basquetebol brasileiro, todavia, será que esse efeito interfere no processo de seleção de jogadores de excelência? Objetivo: o objetivo do presente estudo foi avaliar o EIR nas seleções Brasileiras de basquetebol masculino em competições oficiais e observar a sua associação com o tipo de competição, categoria e resultado. Metodologia: Foram observados 703 basquetebolistas que disputaram competições mundiais e continentais entre 2002 e 2023 pelo Brasil, nas categorias U15, U17, U18, U19 e adulto. As informações dos atletas (nome, data de nascimento e desempenho coletivo da equipe) foram retiradas do site da Federação Internacional de Basquete (FIBA) (https://www.fiba.basketball). Para analisar os dados, o mês de nascimento de cada jogador foi categorizado em quartis, além de serem organizados por semestre de nascimento, o desempenho coletivo aos atletas que medalhistas ou não medalhistas, o tipo de competição foi considerado competições mundiais e continentais e para categoria: base e adulto. Para investigar o EIR nas categorias avaliadas, utilizou-se o teste Qui-Quadrado (X2 ) para os quartis. Para analisar a associação do EIR (semestre) com o tipo de competição, resultado e categoria utilizou-se o teste Qui-Quadrado (X2 ). Resultados: Foi observado o EIR (p=0,001) seja pelo quartil ou semestre de nascimento em todo o grupo, nos participantes das competições de nível mundial e continental, nas categorias de base e adulto, e nos medalhistas e não medalhistas. Não foram observadas associação entre o semestre de nascimento e o tipo de competição, categorias e desempenho coletivo. Conclusões: O EIR está presente no nível de excelência do basquetebol brasileiro ao longo do tempo, não apresentando associação com o tipo de competição, categoria e desempenho coletivo.

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