O efeito da idade relativa no basquetebol masculino de elite de acordo com a classificação final das equipes
Por Matheus de Souza Rocha (Autor), Vivian de Oliveira (Autor), Walber José Figueiredo de Souza (Autor), Lucas De Castro Ribeiro (Autor), Lucas Savassi Figueiredo (Autor), Henrique de Oliveira Castro (Autor).
Em 13º Congresso Internacional do Conselho Regional de Educação Física da 7ª Região CONCREF
Resumo
Introdução: Na maioria dos esportes, as categorias levam em consideração o ano de nascimento, agrupados em intervalos a cada dois anos entre as categorias. Assim, pode haver atletas competindo na mesma categoria com uma diferença de até dois anos. Esse fenômeno é compreendido como efeito da idade relativa (EIR) que fazer com que atletas nascidos nos primeiros meses do ano tenham vantagens em relação aos nascidos nos meses finais, pelo fato de estarem mais maduros nos aspectos físico, fisiológico, biológico e psicológico. No basquetebol brasileiro, estudos com o EIR são escassos, não havendo nenhum trabalho que analisou mais de uma temporada competitiva. Objetivo: Verificar a existência do EIR no basquetebol masculino de elite Brasileiro, considerando os quartis de nascimento dos atletas e a classificação final das equipes em três temporadas consecutivas do Novo Basquete Brasil (NBB). Referencial teórico: Estudos anteriores apresentaram a presença do EIR no basquetebol brasileiro. E uma das teorias para uma possível explicação desse fenômeno é a teoria baseada em restrições. A teoria baseada em restrições indica a interação entre o indivíduo, o ambiente e as restrições da tarefa como fatores relacionados ao EIR. As restrições individuais referem-se às qualidades individuais do atleta, como sexo, altura, peso, composição corporal, nível de maturação, entre outras. As restrições ambientais estão
relacionadas à popularidade do esporte, políticas públicas e instalações físicas disponíveis, por exemplo. Por
fim, as restrições da tarefa dizem respeito às particularidades do esporte, nível de competição e fatores
físicos do atleta. Materiais e métodos: 454 atletas de elite masculino foram divididos em quartis, de acordo
com as datas de nascimento (Q1 = jan. a mar.; Q2 = abr. a jun.; Q3 = jul. a set.; e Q4 = out. a dez.). O teste
qui-quadrado foi utilizado para comparar a distribuição dos quartis de nascimento dos atletas e a classificação final no campeonato. O tamanho do efeito foi calculado para todas análises e o nível de significância foi de 0,05. Resultados e Discussão: Os resultados mostraram que os atletas nascidos no último trimestre do ano foram menos frequentes do que atletas nascidos no primeiro (p < 0,001), segundo (p< 0,006) e terceiro (p < 0,001) trimestres do ano na amostra geral. Por outro lado, as equipes do Top-4 indicaram que atletas nascidos no segundo trimestre foram mais frequentes do que atletas nascidos no último trimestre do ano (p = 0,008) na temporada 2020/2021. Conclusão: Conclui-se que o EIR esteve presente em temporadas da NBB em atletas masculinos.