O efeito de um protocolo de hidratação programado na performance física de árbitros de futebol em partidas do campeonato amador
Por Japy Angelini Oliveira Filho (Autor), Turibio Leite de Barros Neto (Autor), Yara Queiroga Confessor (Autor), Lealdo Alves Machado (Autor), Regis Bruni Andriolo (Autor), Milena Fogagnoli (Autor), Cristiano Ralo Monteiro (Autor).
Em Rbff - Revista Brasileira de Futsal e Futebol v. 13, n 54, 2021.
Resumo
O objetivo deste manuscrito foi avaliar, em estudo prospectivo e transversal, as respostas fisiológicas e o desempenho de árbitros de futebol submetidos a protocolo de hidratação com isotônicos ou água. Foram estudados dez indivíduos, homens, idade média 37,1 ± 5,0 anos, do quadro do Sindicato dos Árbitros de Futebol do Estado de São Paulo, em jogos do campeonato amador. Foi avaliado o peso corporal antes e após as partidas, a medida da diurese pós-pesagem, a frequência cardíaca média, e o estresse térmico (método de Yaglou, Minard, modificado). Aplicaram-se de forma alternada, o Protocolo de Hidratação Habituall (PHH) (800 mL de água), extraído de questionário respondido pelos árbitros participantes, e o Protocolo de Hidratação Proposta (PHP) (1300 mL de isotônico). Os jogos foram filmados e analisados pelos métodos de Withers - distância total percorrida e de Valquer - distribuição da distância em ações. Não houve diferença significativa (p<0,05) entre os protocolos de hidratação habitual e o proposto, em relação às seguintes variáveis: distância total percorrida, diferença percentual da distância total percorrida (segundo tempo versus primeiro tempo), frequência cardíaca média, diferença de peso corporal (pré e pós-partida), volume de líquidos ingeridos, taxa de sudorese, estresse térmico e percentual de desidratação. Concluímos que o uso de água ou isotônico não alterou os mecanismos de regulação térmica e o desempenho dos árbitros de futebol.