O efeito de uma sessão de treinamento de saltos na força de extensão dorsal em atletas de basquetebol
Por Vicente Lima (Autor), JOAO GABRIEL MIRANDA DE OLIVEIRA (Autor), Isabelle França Pontes (Autor), Larissa Lima De Oliveira (Autor), Raissa Santos De Jesus (Autor), Bruno Lucas Pinheiro Lima (Autor).
Em 46º Simpósio Internacional de Ciências do Esporte SIMPOCE
Resumo
No basquetebol, ocorrem inúmeras ações de força, agilidade, velocidade, mudança de direção e saltos durante seus treinamentos e jogos. Assim, destaca-se o treinamento pliométrico, que é um dos métodos de treinamento mais usados para desenvolver força explosiva nos músculos extensores dos membros inferiores. No entanto, para melhorar suas performances em quadra é preciso compreender o quão efetivo ou lesivo tais treinamentos são, avaliando o impacto da ativação dorsal através de medidas dinamométricas. Objetivo: Verificar o efeito do treinamento pliométrico na força de extensão dorsal em atletas de basquetebol. Métodos: A amostra foi composta por 10 atletas de basquetebol da categoria sub 23, de um clube do município do Rio de Janeiro, com estatura (1,90±0,08m) e massa corporal total (MCT) (87,44±12,60kg), que fizeram uma sessão de treinamento pliométrico (STP) e tiveram a força de extensão dorsal avaliada antes e depois. A coleta ocorreu em uma visita ao clube, inicialmente pela estatura e MCT. Em seguida, foi realizado o teste de força isométrica de extensão dorsal (FIED) com um dinamômetro, no qual foram feitas três tentativas com 3 minutos de intervalos entre cada. Logo após, os atletas iniciaram a STP, que consistia em: 2 séries de 10 repetições de hurdles jumps (40cm de barreira), 3 séries de 8 repetições de vertical jumps, 5 séries de 6 repetições de double leg mult-jumps (40cm de barreira; 76 cm de distância) e 3 séries de 6 repetições de drop jumps (20cm de queda). Todos os exercícios e séries tiveram intervalo de recuperação de 2 minutos. Imediatamente após o STP, foi realizado o teste FIED. Foi utilizado o teste t para amostras dependentes para identificar se houve diferença significativa nos valores da FIED entre pré e pós a STP. Resultados: O resultado do teste t determinou que há redução significativa na força isométrica de extensão dorsal pós treinamento de salto no teste FIED (Pré=164,4±23,00; Pós=150,8±28,35; p=0,024). Conclusão: Estes achados mostram que o treinamento pliométrico gera fadiga e prejudica a produção de força nas atividades subsequentes, sobretudo na extensão dorsal.