Resumo

No basquetebol, ocorrem inúmeras ações de força, agilidade, velocidade, mudança de direção e saltos durante seus treinamentos e jogos. Assim, destaca-se o treinamento pliométrico, que é um dos métodos de treinamento mais usados para desenvolver força explosiva nos músculos extensores dos membros inferiores. No entanto, para melhorar suas performances em quadra é preciso compreender o quão efetivo ou lesivo tais treinamentos são, avaliando o impacto da ativação dorsal através de medidas dinamométricas. Objetivo: Verificar o efeito do treinamento pliométrico na força de extensão dorsal em atletas de basquetebol. Métodos: A amostra foi composta por 10 atletas de basquetebol da categoria sub 23, de um clube do município do Rio de Janeiro, com estatura (1,90±0,08m) e massa corporal total (MCT) (87,44±12,60kg), que fizeram uma sessão de treinamento pliométrico (STP) e tiveram a força de extensão dorsal avaliada antes e depois. A coleta ocorreu em uma visita ao clube, inicialmente pela estatura e MCT. Em seguida, foi realizado o teste de força isométrica de extensão dorsal (FIED) com um dinamômetro, no qual foram feitas três tentativas com 3 minutos de intervalos entre cada. Logo após, os atletas iniciaram a STP, que consistia em: 2 séries de 10 repetições de hurdles jumps (40cm de barreira), 3 séries de 8 repetições de vertical jumps, 5 séries de 6 repetições de double leg mult-jumps (40cm de barreira; 76 cm de distância) e 3 séries de 6 repetições de drop jumps (20cm de queda). Todos os exercícios e séries tiveram intervalo de recuperação de 2 minutos. Imediatamente após o STP, foi realizado o teste FIED. Foi utilizado o teste t para amostras dependentes para identificar se houve diferença significativa nos valores da FIED entre pré e pós a STP. Resultados: O resultado do teste t determinou que há redução significativa na força isométrica de extensão dorsal pós treinamento de salto no teste FIED (Pré=164,4±23,00; Pós=150,8±28,35; p=0,024). Conclusão: Estes achados mostram que o treinamento pliométrico gera fadiga e prejudica a produção de força nas atividades subsequentes, sobretudo na extensão dorsal.