Resumo

O presente estudo teve por objetivo verificar o efeito do "fator casa" no desempenho competitivo da Copa Libertadores da América. Para identificar a existência do "fator casa” utilizou-se a seguinte equação: Aproveitamento (%) = (pontos obtidos / pontos possíveis) x 100. Um aroveitamento >50% foi considerado como evidência do “fator casa”. Dos 1152 jogos analisados, houve 623 vitória (56,68%), 256 empates ( 23,70%) e 273 derrotas (23,70%). Assim, dos 3456 pontos disputados em casa, os mandantes obtiveram 2125 pontos (1869 por vitórias e 256 por empates) o que representa um aproveitamento de 61,49%. Os achados do presente estudo confirmar efeito do "fator cassa" na Copa Libertadores da América. Analisando o "fator caso" nos diferentes países verificou-se "fator casa" para Brasil (81,54%), México (73,18), Argentina (67,94%), Equador (59,39%), Chile (56,94%), Bolívia (54,67%), Paraguai (54,02%), Colômbia (53,87%) e Uruguai (53,64). Ao contrário, Peru e Venezuela apresentaram aproveitamento de 46,50% e 39,11%, respectivamente, e, portanto, não houve evidência do "fator casa" nesses países. Conclui-se que o "fator casa" está presente na Libertadores da América, porém ocorre em diferentes magnitudes entre os países participantes. Os mecanismos que explicam essas discrepâncias, bem como os motivos que levam uma equipe acumular mais pontos como mandante do que visitante ainda precisam ser elucidados.
 

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