Resumo

A fraqueza muscular contralateral à lesão é um dos problemas mais comuns de indivíduos que sofreram o Acidente Vascular Cerebral (AVC). Esses indivíduos apresentam dificuldade em realizar atividades funcionais como levantar da cadeira sem assistência. Durante o período de recuperação pós-AVC, a descarga de peso no membro inferior afetado (MIA) tende a ser espontaneamente evitada, prejudicando a realização do movimento de sentado para de pé (ST-DP) e, conseqüentemente, a independência do indivíduo. Existem distintas estratégias que podem ser utilizadas para favorecer a descarga de peso no MIA desses indivíduos durante o movimento de ST-DP. A modificação da posição do MIA para trás, por exemplo, é uma estratégia comumente utilizada na prática clínica, porém seu efeito em indivíduos hemiparéticos crônicos ainda foi pouco documentado na literatura. O objetivo desse estudo foi investigar o efeito de diferentes posicionamentos dos membros inferiores durante a atividade de ST-DP em indivíduos hemiparéticos crônicos utilizando quatro estratégias: (A) espontânea; (B) simétrica para trás; (C) assimétrica 1 e; (D) assimétrica 2. Participaram do estudo 12 hemiparéticos crônicos, com idade entre 60 e 80 anos e tempo pós-AVC entre um a 14 anos. Para caracterizar a amostra, foram avaliados a amplitude de movimento de dorsoflexão do tornozelo, a velocidade natural da marcha, o tônus muscular e o torque muscular isocinético dos músculos flexores e extensores do quadril, joelho e tornozelo bilateralmente.

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