Resumo

O propósito do presente estudo foi comparar o efeito do treinamento pliométrico (TP) em diferentes superfícies (grama vs. areia) no desempenho de jogadores de futebol da categoria sub 20. O estudo foi longitudinal, realizado por dois grupos em paralelo alocados de forma randômica. Após randomização, 19 atletas do sexo masculino (idade: 18,1 ± 1,15; estatura: 1,78 ± 0,06; peso: 71,1 ± 6,84) completaram 5 semanas de treinamento pliométrico na areia (TPA) e jogadores na grama (TPG). A normalidade e homogeneidade das variâncias foram verificadas utilizando o teste de Shapiro-Wilk e Levene respectivamente. Os resultados são descritos como média e desvio padrão (DP). Uma ANOVA (2 x 2) de medidas repetidas com condição (pré e pós) e tipo de piso (areia e grama). Para os resultados de PSE e DOR, foi feito ANOVA Two-Way (2x5) com medidas repetidas, utilizando como condicões: superficie (grama e areia) e semana de treino (1 a 5 semana) e post hoc de Bonferroni com correção. Uma significância de 5%. Foram realizadas antes e após o programa de 5 semanas os seguintes testes: Percepção Subjetiva de Esforça (PSE), Dor Muscular de Início Tardio (DMIT), Squat Jump (SJ), Contra-movimento Jump (CMJ) e Drop Jump (DJ) nas alturas 22,44, 66 e 88cm. Ao final do programa de treinamento foram observadas diferenças significativas nas avaliações relacionadas à PSE na quarta e quinta semana. Nos testes de SJ e CMJ foram encontrados aumentos significativos em ambos os grupos TPA e TPG. No teste de DJ foram encontradas melhoras significativas nas alturas de 44, 66 e 88cm somente no grupo TPA. Concluímos que o treinamento de pliometria realizado tanto areia como na grama foram eficientes para gerar adaptações neuromusculares, no entanto no teste de DJ o grupo TPA foi mais responsivo frente ao TPG.

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