O Efeito do Estrógeno nas Reservas Glicogênicas de Musculoesqueléticos Desnervados de Ratas
Por M. T. M. Severi (Autor), L. J. Chingui (Autor), G. B. Delfino (Autor), Karina Maria Cancelliero (Autor).
Resumo
OBJETIVO: Avaliar o efeito muscular do estrógeno em ratas submetidas à desnervação de membro posterior. MÉTODO: Ratas Wistar foram divididas em 5 grupos (n=6): Controle, Desnervado 7 dias, Desnervado 15 dias, Desnervado tratado com estrógeno (200µg/rato, via subcutânea, diariamente) durante 7 dias e Desnervado tratado com estrógeno durante 15 dias. Após os períodos experimentais, foi realizada a avaliação de glicogênio (GLI) dos músculos sóleo (S), gastrocnêmio branco (GB) e vermelho (GV), além da avaliação do peso do sóleo. A análise estatística foi feita através do teste de normalidade, ANOVA e teste de Tukey (p<0,05). RESULTADOS: A desnervação promoveu redução (p<0,05) no GLI no período de 7 (S: 44%, GB: 32%; GV: 32%) e de 15 dias (S: 62%, GB: 44%; GV: 53%), além da redução do peso do S (7 dias: 29,7%; 15 dias: 36,6%) . Porém, o tratamento com estrógeno promoveu elevação (p<0,05) no GLI, nessa condição, tanto durante 7 dias (S: 19%; GB: 60%; GV: 18%) quanto durante 15 dias (S: 52%; GB: 51%; GV: 11%), mas não foi suficiente para minimizar a redução do peso muscular. CONCLUSÕES: O tratamento com baixa dose de estrógeno minimizou as alterações metabólicas musculares desencadeadas pela desnervação, porém não foi eficaz em interferir na perda de peso do músculo sóleo, sugerindo que o hormônio atua permitindo uma proteção quimiometabólica com similaridades de ação da via insulínica, porém esse efeito é multifatorial, dependendo da dose, da forma, do tempo de tratamento, além do tempo de desnervação. Palavras-chave : desnervação; estrógeno; musculoesquelético; fisioterapia.