O Efeito da Meditação no Comportamento Social do Praticante
Por Silvia Deutsch (Autor), Lilian Mayumi Otaguro (Autor), Catia Mary Volp (Autor), Kátia Tanaka (Autor).
Em XI Congresso de Educação Física e Ciências do Desporto dos Países de Língua Portuguesa
Resumo
A atualidade trouxe ao homem muito conforto no que se refere a bens materiais, incremento de tecnologias... porém, trouxe também um grande distanciamento de sua essência junto com um descrédito de sua intuição trazendo-lhe um vazio interior que vem sendo preenchido através das práticas religiosas, técnicas de auto ajuda, apoios psicológicos entre muitas outras coisas. Acreditando que práticas meditativas podem nos trazer o exercício do auto conhecimento e consequentemente a proposta de uma contínua melhora como seres humanos este trabalho busca encontrar respostas em praticantes de meditação quanto a percepção que os mesmos possuem em relação ao seu comportamento social em dias que desenvolvem a sua prática e em dias que não a desenvolvem. Para tanto foi utilizado um questionário subdividido em 3 sessões: a primeira consta de dados pessoais; a segunda questiona a percepção do praticante quanto à qualidade de sua prática (meditação) e seu estado antes e imediatamente após a mesma e a terceira parte verifica a sua percepção no que diz respeito à qualidade de seu dia nos campos físicos, emocionais, mentais e na qualidade de seus relacionamentos. A amostra foi composta por 12 participantes de ambos os sexos, 11 do sexo feminino e 1 do sexo masculino com idades entre 18 e 60 anos. Foi solicitado a todos os participantes que respondessem o instrumento durante 4 dias, sempre ao final do mesmo. Dois dias o participante deveria fazer sua prática habitual de meditação pela manhã e nos outros dois dias não deveria fazer a prática. Os resultados mostram que: Entre as questões colocadas com base nos cinco Yamas a prática meditativa mostrou sua interferência em Ahimsa (não violência), Bramacharya (apego aos sentidos) e Aparigraha (não acumular, não gerar necessidades). Já no caso das questões ligadas aos Niyamas a prática meditativa mostrou sua interferência no caso de Sauça (purificação). Em todos os outros Yamas e Niyamas a prática meditativa não apresentou diferença. Podemos concluir que a prática meditativa pode interferir no comportamento das pessoas colaborando para a melhora do convívio social.