O Efeito do Treino da Visão Periférica no Ataque de Iniciados do Futsal: Um Estudo na Competição.
Por Nelson Kautzner Marques Junior (Autor).
Em Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano v. 11, n 1, 2009. Da página 119 a -
Resumo
Este estudo foi inserido na Ciência da Motricidade Humana, na área de concentração da Dimensão Biofísica, na linha de pesquisa do Estudo dos Mecanismos e Processos da Aprendizagem e da Conduta Motora e no constructo epistemológico de explicação fenomênica. O objetivo deste estudo foi investigar o aprendizado do treino da visão periférica (TVP) e o efeito dessa sessão no ataque do futsal, levando em consideração, nas duas tarefas, (aprendizado e ataque) a hemisfericidade. Dez meninos com 10,4±2,31 anos, praticantes de futsal do Lar da Criança, foram divididos em grupo experimental (GE, n = 5) e grupo controle (GC, n = 5) com hemisfericidade (H) similar (GE com 80% de H esquerda (E) e 20% de H direita (D), GC com 60% de HE e 40% de HD). Foram praticadas nove sessões e depois um campeonato, mais seis sessões e depois outro campeonato. Todos os campeonatos foram filmados e depois analisados por scout. No grau da visão periférica no ataque a ANOVA two way revelou diferença significativa, onde foi evidenciado que o GE obteve aquisição do TVP. No grau das fases ofensivas, a ANOVA two way determinou diferença significativa, onde o GE foi melhor no início ofensivo e na construção do ataque, o GC foi superior na finalização do 1° turno e o GE foi mais competente na finalização do 2° turno. Em relação à quantidade de gols do GE e do GC, a ANOVA two way não estabeleceu diferença significativa. Quanto à freqüência e falta no treino, o teste “t” independente foi significativo (p≤0,05), o GE treinou mais. Conclui-se que parece que o GE a conseguiu aquisição do TVP e parece que o TVP otimizou o ataque dessa amostra.