O ensino de lutas na educação física escolar: um estado do conhecimento dos estudos brasileiros
Por Carla da Silva Ferreira (Autor), Nicole Cardoso (Autor), Tiele Neto Cardoso (Autor), Flávio Py Mariante Neto (Autor).
Em Journal of Physical Education (Até 2016 Revista da Educação Física - UEM) v. 34, n 1, 2023.
Resumo
Este artigo tem como objetivo analisar as publicações acadêmicas brasileiras sobre lutas e Educação Física. Utilizou-se a análise de conteúdo por meio do estado do conhecimento, tendo como corpus 38 artigos. Como resultados construímos quatro categorias analíticas empíricas: 1) Aspectos espaciais e socioculturais: apontam a falta de infraestrutura e a escassez de materiais como fatores restritivos para a abordagem dos conteúdos de luta nas escolas; 2) Tecnologias/mídia: que servem como ferramentas auxiliares para a inclusão das lutas na Educação Física escolar; 3) Currículo de Educação Física: aborda questões relacionadas a conteúdos, cultura, documentos e professores; e 4) Prática pedagógica: que envolve questões mais específicas observadas nos estudos, como metodologias que envolvem a aplicação do conteúdo às aulas, experiências, dimensões do conteúdo, atividades e implicações sobre os temas discutidos no conteúdo, como a associação com violência, discriminação de género e sexualidade. Concluímos que os estudos mostram que a abordagem das brigas como conteúdo nas escolas ainda é incipiente, sendo a insegurança do professor um fator preponderante para que as brigas não sejam inseridas. Assim, estudos indicam a necessidade de criação de materiais e metodologias que auxiliem os professores, possibilitando assim a utilização de conteúdos já consolidados na literatura.