Resumo

Ao longo dos anos tem existido uma transformação no ensino dos Jogos Desportivos Coletivos, inicialmente centrado nas aprendizagens dos gestos técnicos e focando-se mais recentemente na lógica interna do jogo e no aprender jogando. Ao constatarmos as dificuldades dos alunos nas aulas práticas de andebol, assumimos ser importante analisar as causas para essas lacunas no sentido de percebemos as razões de êxito e inêxito ao nível da sua abordagem na escola. Este estudo pretende avaliar o modelo de ensino do andebol a que foram submetidos os atuais alunos da licenciatura de Educação Física e Desporto da Universidade da Madeira, no seu percurso escolar no ensino básico e secundário, relacionando com a auto-percepção do seu nível de domínio de jogo e com a avaliação da prática realizada pelos docentes. Analisaram-se os resultados tendo-se concluído que dos 93 alunos, 6 não abordaram o andebol na escola, sendo que, dos que abordaram, 75% fê-lo através de exercícios analíticos e de jogo formal. Não se verificou associação entre a avaliação realizada pelos professores e a autoavaliação dos alunos, nos domínios da ocupação do espaço, progressão no terreno e cooperação. Apenas no domínio da bola se encontrou associação positiva entre a percepção que os alunos têm da sua performance, com a avaliação dos professores. Numa análise por ano letivo, detetou-se uma associação positiva moderada no domínio da progressão no terreno entre professores e alunos do segundo ano e outra entre os docentes e os alunos do terceiro ano no domínio da bola e na cooperação.

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