O ensino dos jogos esportivos de invasão sob a perspectiva de professores de educação física escolar
Por Felipe Canan (Autor), Emynna Cavalcante Guimarães (Autor), Leandro Amaral Fialho (Autor), Yan Carlos Souza da Silva (Autor).
Em IV Congresso Internacional de Pedagogia de Esporte - CONIPE
Resumo
Nos jogos esportivos de invasão as equipes podem disputar a bola e invadir a meia quadra adversária em busca de atingir uma meta. Uma forma de organizar seu ensino é por meio das seguintes estruturas: substantiva (o que ensinar), temporal (quando ensinar) e pedagógica (como ensinar). Objetivo: Compreender a perspectiva de professores de educação física escolar sobre o ensino dos esportes de invasão. Metodologia: A pesquisa é descritiva, qualitativa e de campo, adotando entrevista estruturada realizada com 4 professores de educação física dos anos finais do Ensino Fundamental da rede estadual de Manaus-AM, em setembro de 2023. A pesquisa respeitou procedimentos éticos, sendo aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade do Estado do Amazonas, sob o parecer 6.097.616. As categorias foram embasadas nas estruturas de ensino e foi realizada análise de conteúdo. Resultados: Foram citados enquanto esportes trabalhados, futsal, handebol, barra-bandeira e queimada, o que demonstra certa dificuldade dos participantes quanto à compreensão do fenômeno esportivo e do que efetivamente é um jogo esportivo de invasão. Os motivos para escolha foram a disponibilidade de material, preferência dos alunos e aspectos sociais. Os conteúdos mais citados foram regras, cooperação e ludicidade. Somente os participantes A e D adaptavam conteúdos conforme o ano escolar e todos priorizavam o princípio global-funcional a partir de jogos pré desportivos e, e em segundo plano, jogo formal. Os desafios apontados foram a falta de material (A e D), estrutura física (C) e concorrência com a tecnologia (B). Conclusão: Os professores focam em aspectos sociais, cooperativos e lúdicos, mas há falta de ensino de técnicas e táticas específicas e diversificação de atividades. Há prevalência do princípio global-funcional, mas com certa preponderância de jogos pré desportivos, o que, se não associado a atividades mais específicas, arrisca que o aluno nunca aprenda, de fato, o esporte.