O esporte como manifestação da Cultura Corporal do Movimento

Parte de JOGOS DESPORTIVOS: formação e investigação . páginas 42 - 56

Resumo

Em minha atividade intelectual, ninguém me ajudou como fizeram meus professores de educação física. A eles todo o meu respeito e reconhecimento. Nenhum professor que permaneceu sentado à frente de sua mesa ensinou-me o que é trabalho produtivo, o único que vale a pena, enquanto meus professores de educação física, treinadores e, mais tarde meus guias de montanhismo, condicionaram meus músculos e ossos. Eles ensinam o poder do corpo. Vocês querem escrever, pesquisar, começar numa vida operosa? Sigam seus conselhos e seu exemplo. Nada resiste ao treinamento, de cujos gestos repetitivos a disciplina tira a naturalidade (o chute no rúgbi, o saque no tênis, fosbory flop, ioga) e tornam espontâneas as necessárias virtudes da concentração (basquete, salto em altura), coragem (rúgbi), paciência, domínio da angústia na montanha, por exemplo: não existe trabalho sem regra quase monástica de emprego do tempo, algo que o desportista de alto nível conhece bem: uma vida subordinada aos ritmos do corpo, à observância rigorosa do sono e alimentação sadia (SERRES, 2004, pp. 35 - 36).