Resumo

Introdução: O presente trabalho trata da educação não formal por meio do esporte recreativo e como ele pode auxiliar nas práticas de lazer de cada sujeito e também em seu desenvolvimento pessoal. Foi realizado um estudo de caso sobre o projeto de futebol, "Em Campo", destinado a meninas de 9 a 16 anos da região do Butantã, em uma parceria entre o PRODHE - Programa de Desenvolvimento Humano pelo Esporte, Colégio Santa Cruz e a Comissão de Cultura e Extensão da EACH-USP. Objetivo: Analisar a educação não formal através do esporte como prática de lazer a partir do projeto “Em campo" e como se dá a sua eficiência dentro do contexto pessoal-social. Métodos: Pesquisa exploratória, revisão bibliográfica e análise documental, pesquisa qualitativa com os envolvidos do projeto, grupo focal e análises fotográficas. Resultados: Foram percebidas transformações comportamentais nas educandas no período de pouco mais de um ano. Vícios negativos como a utilização frequente de palavrões e desistir facilmente das atividades foram aos poucos sendo descontruídos deixando de fazer parte do cotidiano das meninas. Houve progresso na exposição de ideias, ter voz ativa e novos relacionamentos, importância de coletividade, empoderamento e noção de seus direitos igualitários ao ocupar espaços que antes elas tinham receio de utilizar como o próprio campo de futebol ou a rua de suas casas ocupadas somente por meninos. Conclusão: A educação não formal é muito rica em conteúdos, práticas e vivências. Aos poucos ela vem ganhando seu espaço e reconhecimento, até mesmo pela educação formal. Para isso, é necessária a democratização do acesso às atividades de educação não formal, com participação das organizações comunitárias locais e famílias. Observa-se a necessidade de um envolvimento total dos participantes do projeto desde educadores, educandos e familiares.

Acessar