Resumo

Este artigo tem como principal objetivo questionar se o esporte pode ser entendido como um lugar de cuidado. A partir de uma etnografia sobre a prática do pole dance, apresento as trajetórias de algumas praticantes que situam o pole dance como uma atividade terapêutica e um lugar de empoderamento. Minha intenção é entender quais são os processos, discursos e práticas que permitem que a atividade possa ser construída e elaborada subjetivamente desta maneira por suas praticantes. À luz da teoria de Loic Wacquant (2002), busco entender e analisar como uma atividade física pode ser também constitutiva de uma moralidade, me aprofundando em uma visão teórica que não separa mente de corpo, e sim atenta-se para a forma como estes são produzidos e entendidos em relação. Com esta elucidação procuro mostrar o caráter multifacetado do esporte, evitando se prender a uma ideia fechada do que pode ser considerado esportivo.
 

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