O Estilo de Vida dos Portadores da Síndrome de Down em Santa Catarina, Brasil
Por Markus Vinícius Nahas (Autor), Joicc V. Rosa (Autor), Mauro Virgilio Gomes de Barros (Autor).
Em VI Congresso de Educação Física e Ciências do Desporto dos Países de Língua Portuguesa
Resumo
Estima-se que 10 a 15% da população catarinense (a exemplo do que se observa em outras populações) sejam portadores de alguma forma de deficiencia e que, destes, aproximadamente 3% tenham Síndrome de Down (SD). A Síndrome de Down decorre de um ainda inexplicado acidente genético, na maior parte dos casos (95%) relacionado com um eronlossomo extra - trissomia do cromossomo 21 (Nahas, 1995). Estes individuos, (um em cada 600 nascimentos) apresentam, além de um retardo mental leve a moderado, certas características anátomo-funcionais própria da Síndrome. como: aspectos faciais peculiares, formas corporais arredondadas, debilidade muscular, hipermobilidade articular e, em 40-50% dos casos, malformalção cardíaca que pode exigir cirurgia logo nos primeiros meses de vida (Mustacchi & Rozone, 1990). Apesar de se saber que a maior parte das características fisicas, cognitivas e comportamentais são comuns na maioria dos casos, sabe-se, também, que existe uma grande variabilidade interindividual, demonstrada pelos diferentes níveis de desenvolvimento e adaptação social encontrados nos portadores da Síndrome de Down em todo o mundo. Além disso, existem diversos equívocos na observação das características da Síndrome, como, por exemplo, a idéia de que estes individuos morrem cedo, serão obesos quando adultos e que dificilmente se alfabetizarão ou poderão levar uma vida com certa independencia. Nas últimas décadas muitas barreiras tém sido rompidas, mas não de forma generalizada (Nahas, 1995). Sabe-se que estão vivendo mais, com a esperança média de vida aproximando-se dos 70 anos em países desenvolvidos (Gedye, 1998). No Brasil, e em particular no estado de Santa Catarina, tem-se poucas informações a respeito do estilo de vida, educação, lazer e características familiares deste grupo populacional, principalmente a partir da adolescencia (Nahas et al., 1991). Este estudo descritivo, de caráter exploratório, teve como objetivo reunir dados demográficos e caracterizar a populalção de portadores da Síndrome de Down no estado de Santa Catarina, quanto aos aspectos pessoais, faniliares, educacionais e do seu estilo de vida (incluindo atividades da vida diária e de lazer).