O Estresse no Mma: as Estratégias de Enfrentamento Podem Melhorar o Desempenho dos Lutadores?
Por Isabella Belem (Autor), Luciane Cristina Arantes da Costa (Autor), Jorge Both (Autor), Patrícia Carolina Borsato Passos (Autor), José Luiz Lopes Vieira (Autor).
Em Revista Brasileira de Medicina do Esporte v. 22, n 4, 2016. Da página 287 a 291
Resumo
Introdução: Um dos maiores fenômenos esportivos na atualidade, o Ultimate Fighting Championship (UFC), realizado no Brasil em 2013, movimentou entre R$ 15 e R$ 50 milhões, destacando-se na mídia internacional. Apesar dessa superprodução dos eventos, os estudos com atletas de MMA ( Mixed Martial Arts ) ainda são escassos, sobretudo no que se refere aos aspectos psicológicos. Objetivo: Analisar estratégias de coping, níveis de estresse e características de treinamento de atletas paranaenses de MMA. Métodos: Foram estudados 50 atletas de MMA do sexo masculino, com idade de 25,0 ± 4,8 anos. Como instrumentos foram utilizados uma ficha de identificação, o Inventário Atlético de Estratégias de Coping e o Questionário de Estresse e Recuperação para Atletas (RESTQ-76 Sport). Na análise dos dados, utilizou-se estatística descritiva, teste de Shapiro-Wilk, teste “U” de Mann-Whitnney; teste de Kruskal-Wallis e coeficiente de correlação de Spearman; a significância adotada foi p < 0,05. Resultados: Os atletas com principal fonte de renda no MMA apresentaram maior “estresse geral” (p = 0,023) e “estresse social” (p = 0,043). Conclusão: Conclui-se que quando o esporte é a principal fonte de renda dos atletas, o estresse dos lutadores é elevado. Quanto maior o volume de treino, mais o atleta busca estabelecer objetivos e maior é sua a capacidade de confrontar as adversidades. Além disso, a variedade de estratégias de coping utilizadas pelos lutadores melhora seu estado de recuperação (capacidades físicas e psicológicas) durante as competições.