Resumo

Os estudos sobre as práticas etnoesportivas ameríndias alcançaram as literaturas sociais ao longo das décadas de 1960 a 1980 com Chan 1967, Cullin, 1975, Nobokov, 1981. No Brasil houve poucos exemplos, como o futebol-de-cabeça Paresi (Zikunati) anotado por Rondon em 1906 e a corrida de toras Timbira que ganhou foco nos trabalhos de Nimuendaju, 1946 e Melatti, 1975, entre os Kraô. Ainda sobre as toras [e as bolas], o trabalho de Vianna (2001) entre os Xavante inaugura a produção brasileira do século XXI. Termo sugerido por Toledo em 2001, o conceito de Etnodesporto indígena é sistematizado por Fassheber em 2006 sobre as práticas silenciados do Kanjire e do Futebol atual dos Kaingang. Em 2012, Kylasov sistematiza e difunde o termo Ethnosport na Europa a partir de suas etnografias na rota da seda. Nas literaturas, são notórios os processos de mimesis dos jogos tradicionais e as suas lutas para persistirem como práticas identitárias. A partir do século XXI, diversas associações de jogos tradicionais, ou Traditional Sports and Games (TSG) e Ethnosports são organizadas por regiões, países e continentes e recebem diferentes reconhecimentos e institucionalizações como “questão global” (Lavega, 2021). Essas expansivas e dialógicas associações se classificam em promotoras de apresentações de TSG, em experiências pedagógicas e em estudos científicos dos etnoesportes.

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