Resumo


Os ingleses, em especial Charles Miller quando trouxe o futebol para nosso
país, não esperavam que aqui ele se tornasse o esporte mais popular.
Dizemos que o futebol está "no sangue" do nosso povo e que um verdadeiro
fenômeno social ocorre no país em grandes decisões futebolísticas e
principalmente, de quatro em quatro anos por ocasião da Copa do Mundo
de Futebol. Proliferam escolinhas de futebol na periferia, na várzea, nos
clubes, em condomínios, etc., vendendo sonhos e ilusões. Este estudo tem
como objetivo re fletir sobre o que deveria ser o verdadeiro sentido
norteador dessas escolinhas de futebol: a inclusão social. Sabemos que o
s u c e s s o p ro fi s s i o n a l , e s p e l h a d o e m c ra q u e s re n o m a d o s j oga n d o
principalmente na Europa, é quase utópico levando em consideração os
poucos que realmente conseguirão trilhar caminhos profissionais. A inclusão
social ganha dimensões ao destacarmos as palavras do Secretário Geral
das Nações Unidas, Kofi Annan: "A socialização do esporte visa aproveitá-
lo como um instrumento educacional, gerando oportunidades e preparando
o cidadão do futuro". Aqui se entende a inclusão social como sendo um
processo de atitudes afirmativas, no sentindo de inserir num contexto social
mais amplo, todos aqueles grupos ou populações marginalizadas. Para
detectar o grau de inclusão, foram aplicados questionários fechados em 54
crianças participantes de escolinhas futebol do município de São José dos
Campos e questionários abertos à 4 professores de escolinhas. Uma das
questões fechadas indagava se a criança sentia-se excluída nas escolinhas
de futebol, 100% das crianças responderam que não o que, juntamente
com outras questões apresentadas neste estudo nos levam a concluir que o
futebol é uma importante "ferramenta" para inclusão social em nosso país
quando bem conduzidas por profissionais da área

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