O futebol para as mulheres não era uma profissão. E a história comprova isso (Suzana Cavalheiro)
Parte de As pioneiras do futebol pedem passagem: conhecer para reconhecer . páginas 125 - 139
Resumo
A profissionalização do futebol de mulheres é um tema recente em nosso país e ainda suscita dúvidas sobre o que significa e que práticas envolve. Desde que as mulheres foram permitidas a entrar em campo, seus deveres sempre estiveram à frente dos seus direitos. Aliás, seus direitos sequer eram discutidos pelos dirigentes, e as jogadoras, quando os reivindicavam, sofriam represálias. Se olharmos para a história da modalidade, vamos perceber que por muito tempo ela sobreviveu de migalhas, pois, em um cenário de precariedade, qualquer oferta representava muito, mesmo que fosse pouco. Ser uma profissional do futebol representa muito mais do que ter um salário e conseguir se manter com ele. Inclui questões trabalhistas que são asseguradas pela legislação, contrato formal, suporte médico, condições adequadas de viagem, moradia, alimentação, estrutura mínima para treinamento e jogos, dias de descanso, férias e calendário de competições.